Enfim, o descanso
RIO – Depois do enterro de Michael Jackson no cemitério Forest Lawn Memorial Park, alguns parentes e amigos do Rei do Pop se reuniram em um restaurante italiano, em Pasadena, cidade-satélite de Los Angeles, para cumprir uma tradição americana: a de comer e beber após o sepultamento para lembrar a trajetória do morto. Em homenagem à memória de Michael Jackson, o jantar seguiu madrugada adentro, mas não reuniu as celebridades presentes ao cemitério.
Estavam presentes no encontro a polêmica irmã de Michael, LaToya, e o ator Corey Feldman, amigo do cantor desde os anos 1980. O reverendo Al Sharpton, que celebrou a cerimônia do sepultamento, também acompanhou o grupo. No final, na saída do restaurante, um dos convidados repetiu o “moonwalk”, passo típico de Michael, para alegria de paparazzi e fãs que esperavam ver famosos de mais peso.
A cerimônia de enterro do corpo de Michael Jackson começou com mais de uma hora de atraso na noite desta quinta-feira (horário de Los Angeles), 70 dias após sua morte. A família do Rei do Pop deixou esperando celebridades, como Elizabeth Taylor e Macaulay Culkin e sua noiva, a atriz Mila Kunis, e outros 200 convidados.
Segundo um comunicado divulgado pela família, o sepultamento ocorreu às 21h43m (1h43m de sexta no horário de Brasília – o início estava marcado para as 19h local, 23h em Brasília). “A família Jackson deseja agradecer novamente a todos os admiradores de Michael em todo o mundo por seu apoio generoso durante esses momentos terrivelmente difíceis”, diz a nota.
O reverendo Al Sharpton postou em seu Twitter que no final da cerimônia, ele fez um discurso e Gladys Knight cantou. “Agora nos preparamos para deixá-lo descansar”, escreveu Al.
A família insistiu em ter uma cerimônia particular e estabeleceu regras restritas para a cobertura da mídia no enterro. As imagens de televisão, que mostravam os convidados aguardando o início do evento, foram interrompidas no momento em que o caixão chegou ao local da cerimônia.
O corpo do cantor – num caixão folheado a ouro – foi enterrado em um mausoléu com segurança reforçada, monitorado por câmeras e vigias, e de acesso restrito. A circulação também foi reduzida nas ruas próximas e no espaço aéreo da região. Helicópteros da polícia com tecnologia infra-vermelha começaram a vasculhar a área na noite de quarta-feira para garantir que nenhum intruso entrasse. Cães, policiais à paisana e seguranças particulares também patrulharam a área.
O espólio de Jackson vai reembolsar o Departamento de Polícia de Glendale por seus gastos, estimados em mais de 150 mil dólares . Em comparação, a cidade de Los Angeles assumiu o gasto estimado em 1,4 milhão de dólares do serviço fúnebre de Jackson em julho, transmitido pela televisão.
No cemitério, Jackson estará na companhia de outras estrelas do mundo do entretenimento, como Walt Disney, Sammy Davis Jr., Nat King Cole, Humphrey Bogart, Errol Flynn, John Wayne e Clark Gable.
O enterro não encerra as investigações sobre a morte do cantor, apontada como homicídio pelas autoridades. No dia 25 de junho, Conrad Murray, médico de Michael Jackson, aplicou injeções de propofol no cantor e o anestésico teria ocasionado a parada cardíaca que vitimou o rei do pop. No último dia 29 de agosto, o cantor completaria 51 anos.
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Fonte: O Globo
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